O 3° Encontro de Pesquisadores e Pesquisadoras de Capoeira trouxe a prática ancestral como objeto de investigação no campo universitário, com apresentações de projetos pela comunidade acadêmica na Sala Mestre Bimba, na Biblioteca Central..
Foram mais de 30 trabalhos inscritos e dois dias intensos de troca de saberes, abrangendo aspectos culturais, físicos e sociais da capoeira em áreas de estudo como a Educação Física, saúde, sociologia, antropologia e história.

Mediado pelo Mestre Soldado, professor de Educação Física e Doutor em Educação, o encontro contou com participação das docentes Ábia Lima (UFBA) e Lívia Pasqua (UFRJ), pesquisadora Sara Fersant (UFBA), doutoranda Grazi Dutra (UFBA), entre outras e outros profissionais da educação e da produção científica.
“A inserção da capoeira na escola está sendo através do capoeirista. Historicamente, a gente tem a figura do professor de educação física que esteve à frente do ensino. Só que agora a gente está tentando inverter essa lógica. Não significa dizer que o professor dentro das suas aulas e da sua intervenção não possa abordar a capoeira, mas a gente quer valorizar o capeirista, e além dessa inserção a gente está implementando outras ações também que são ações historicamente que nunca aconteceram”, disse Mestre Soldado.

Pesquisadora sobre Mestras de Capoeira, Ábia Lima reiterou: “É importante a gente compreender o que as discussões levantadas na UFBA, na UNEB e em outras instituições têm produzido sobre a capoeira. Isso é essencial para que nós, pesquisadores e pesquisadoras, possamos também compreender o que há de lacuna e possibilidades para que a gente possa se inserir nesse processo e orientar as próximas pesquisas, para que possamos conseguir viver os caminhos possíveis de serem trilhados.


