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Depois de sete anos sem ser realizada, a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) começou nesta segunda-feira (15), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O encontro, que segue até sexta-feira (19), reúne lideranças do movimento negro, povos e comunidades tradicionais, gestores públicos e representantes da sociedade civil em torno de três grandes eixos: justiça racial, democracia e reparação.

A abertura contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ressaltou a necessidade de reparação histórica para a população negra e destacou que “o Estado não pode ser neutro” diante do racismo. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lembrou que a conferência acontece vinte anos após a primeira edição e tem o papel de reorganizar e fortalecer as políticas públicas de combate ao racismo.

Capoeira em Movimento Bahia na conferência

Entre os movimentos presentes está o coletivo Capoeira em Movimento Bahia (CMB), representado por Jacaré DiAlabama, coordenador geral, e pela Mestra Nizinga, da Salvaguarda da Capoeira. Para os capoeiristas, o momento é estratégico para inserir a capoeira no centro da luta por igualdade racial em escala nacional.

“O objetivo do CMB é, junto com a salvaguarda, incluir a capoeira no centro da luta pela promoção da igualdade racial nacionalmente e articular luta pela capoeira nas escolas a nível nacional”, destacou Jacaré.

Segundo ele, a participação na Conapir reforça a importância da capoeira como patrimônio cultural afro-brasileiro e como ferramenta de resistência e educação antirracista.

Próximos passos

Até sexta-feira, a conferência deve consolidar propostas que irão compor o Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Para o CMB, a expectativa é garantir que a capoeira seja reconhecida não apenas como símbolo cultural, mas como política estruturante de reparação e justiça social, especialmente no campo da educação pública.

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