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A atividade integrou o eixo “Capoeira tem Magia”, coordenado pelo Contramestre Dainho Xequerê

A música enquanto agente de transformação social e expressão da capoeira foi a premissa do 2° Concurso de Cantigas “A coisa bonita que eu acho”. A atividade integrou a programação do Festival de Capoeira Ancestralidade e Resistência, dentro do eixo “Capoeira tem Magia”, coordenado pelo Contramestre Dainho Xequerê, licenciado em Música e idealizador da Orquestra de Berimbaus OBADX.

Dezenove competidores e competidoras apresentaram suas composições autorais, no Espaço Moa do Katendê, e foram avaliados pelos jurados Mestre Já Morreu, Mestre Malícia, a musicista Raíssa Pessoa e Professora Odara, ganhadora da última edição do concurso. Todas as canções passaram por um processo de seleção. Entre os critérios, foi avaliado se as letras continham palavra pejorativa e/ou discurso discriminatório.

O grande vencedor do 2° Concurso de Cantigas foi o Mestre João do Morro, com a canção “A Maré Encheu”. O campeão natural de Salvador levou pra casa uma bateria completa: três berimbaus do Mestre Olavo da Bahia, um atabaque da Tambor Art e dois pandeiros do Contramestre Pescador. Emocionado, o Mestre agradeceu ao Festival e afirmou: “Não estou concorrendo, estou somando com a música de capoeira da Bahia”.

O segundo e o terceiro lugar ficaram com as cantigas “Ancestralidade”, do Professor Wolle Jacaré (Salvador/BA) e “A Bahia é Nossa” do Professor Pássaro Preto (Lauro de Freitas/BA), respectivamente. O contramestre Dainho Xequerê parabenizou a todos e lembrou: “Falando de ancestralidade e resistência, não se pode esquecer desse ritual que a musicalidade é responsável. Quem vai o tempo todo ali ditar como fazer é a música. Em envolver as pessoas, em responder o coro, quando tem palma, bater palma, fazer essa conexão total dentro da roda e que não se separe em momento algum”.

A atividade contou ainda com um show especial da OBADX e do grupo Mãos no Couro.

Fotos: Alex Sander e Fernando Udo

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