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Roupas, acessórios, instrumentos, itens decorativos e afro-religiosos e gastronomia. Toda essa força motora do empreendedorismo negro está sendo exposta e vendida na Feira de Artesanato da Capoeira, na Biblioteca Central do Estado da Bahia, durante o 3° Festival de Capoeira: Ancestralidade e Resistência.

Expositores e expositoras locais mostram a potência da economia criativa com artesanatos feitos com matérias-primas oriundas de diversas regiões do estado, fortalecendo diversas cadeias produtivas e distribuindo renda. Uma das expositoras é a Jôsi Viviana (@vivianasisal), que confecciona à mão artefatos com sisal, uma fibra natural vinda de Valente, na Bahia, e juta da Amazônia.

“Eu espero que eu tenha uma abundância de vendas, que saia daqui com a sacola vazia, não só eu, mas todos os artesãos que estão aqui. Fabricamos com muito carinho e amor nossas peças e só tenho a agradecer o convite”.

O capoeirista da Associação Bandeira do Brasil e empreendedor Leandro Teles trabalha com artigos para Capoeira há 8 anos. Pelo segundo ano no Festival, ele trouxe a sua marca Casa do Berimbau (@casadoberimbau_conta_nova). “Muito grato de estar ocupando esse espaço e fazendo renda com a capoeira”, disse.

Através de uma arte japonesa de confecção, a empreendedora Eliana Almeida dá uma nova roupagem ao crochê, que ganha um aspecto tridimensional com a técnica amigurumi, resultando numa coleção de bonecas inclusivas, que leva a marca da sua empresa Negra Eli (@negraeliami), que iniciou na pandemia da COVID-19.

“Trabalho com bonecas negras, orixás e santos sacros. Mas o meu principal objetivo é incluir as pessoas através da arte, tenho bonecas que representam condições como vitiligo e deficiência. As pessoas quando veem, se emocionam, e isso pra mim é gratificante. No Festival de Capoeira já é meu segundo ano, foi tão bom que eu retornei e minhas expectativas são as melhores”.

Para Jurandir Júnior, coordenador do CMB, o artesanato precisa de políticas de preservação e mais reconhecimento da comunidade da capoeira. “Nós trazemos aqui uma pequena representação do artesanato da capoeira, que tem uma vastidão de produtos e produtores, mas precisamos, para além disso, pensar em organizar essa cadeia produtiva, para que os nossos possam viver dignamente da arte e que os nossos Mestres não passem dificuldade. Temos um patrimônio nas mãos e precisamos cuidar”, disse.

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